quinta-feira, 14 de julho de 2011
segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011
Impacto da DILLY no estilo de vida da sociedade santoestevense

Porém o fumo foi sempre o mais tradicional e que mais se destacou na parte financeira dos produtos cultivados no município. A zona rural sempre foi bastante povoada, motivo que fazia o município ser eminentemente agrícola, o que conseqüentemente fazia o homem se prender à terra.
A feira-livre no século passado era realizada aos domingos, ao lado da Igreja Matriz, onde também se encontrava o antigo cemitério, até quando foi construída a Praça Sete de Setembro, juntamente com a construção do Mercado Municipal em 192

Em 1999 começou a co
nstrução da fábrica de calçados Dylly Nordeste, que em 01 de janeiro de 2010 mudou a razão social para Dass Nordeste Calçados e Artigos Esportivos Ltda. que trouxe esperança de melhores condições econômicas para o município e oportunidade de emprego para a população jovem. Essa indústria passou a mudar a cara do comércio, com o seu funcionamento a partir do ano de 2001. Nesses dez anos, 8.765 funcionários já passaram por ela. Hoje, o número ativo de funcionários é de 2.886, injetando, aproximadamente, dois milhões de reais que passaram a aquecer os diversos setores da economia em todo o município, fortalecendo de forma impressionante o crescimento do comércio.

A Dass supera o número dos servidores públicos municipal que é de 1500, com uma Folha de Pagamento que apresenta um custo total de 1,8 milhão de reais, conforme dados fornecidos pelo Diretor de Recursos Humanos, Carlos César Invenção dos Santos.
Com essa renda circulando, o comércio local sofreu um estímulo quantitativo na rede de estabelecimentos comerciais, atingindo uma margem de 370% em crescimento - (395 casas comerciais em 2001 para 1.475 em 2011), conforme dados fornecidos pelo Diretor de Tributos do Município Antônio Marcos de Souza Gomes. Este crescimento interno tem atraindo investidores de outros municípios com o surgimento de novas lojas (Real Calçados, Todo Dia, G Barbosa, Motopel, Guaibim, Cometa Calçados).
Com a chegada da fábrica, a forma de vida da população foi transformada, aumentando o crescimento urbano que era de 7.745 lotes registrados em 2001, para 11.000 em 2011, aumentando a construção civil, fortalecendo assim, o ramo de material de construção, gerando mais empregos diretos e indiretos e melhor distribuição de renda para a população.
O número de veículos na cidade aumentou consideravelmente, principalmente o de moto, chegando a vender cerca de 120 motos por mês pela Motopel, conforme dados fornecidos pelo funcionário da área de vendas Gildásio Gomes de Sena, sem falar o número de casas de peças para moto.
Essa economia influencia o próprio estilo de vida da população, como a forma de se vestir, de cuidar da estética corporal, freqüentar festas particulares, formas de lazer, viagens, visitações a espaços públicos, passeios e etc.
Um ponto que chama a atenção é a escassez de fornecedores de mão-de-obra na área de construção civil como: pedreiro, carpinteiro, marceneiro devido a fabrica, o jovem adolescente que tem o talento e dom da profissão que muitas vezes tem o pai ou irmão mais velho como exemplo, ao contrario, já cresce com o desejo de trabalhar na fábrica.
Entrevista:
Nome: Ildo Rodrigues Oliveira
Profissão: Professor
“...provavelmente eu não teria entrado na faculdade se a fábrica Dilly chegasse antes de 1998, por que ocupa a maior parte do tempo, quando você não está trabalhando, você está em casa descansando por se tratar de um trabalho repetitivo de mais, exige não só do físico mais do psicológico também. Antes da Dilly eu sentia um certo medo do desemprego, eu acredito que todo mundo, tanto que se pensavam em ir para outros lugares. Depois da fábrica, chegaram alunos para mim dizendo: oh professor é o seguinte, eu não vou estudar não, por que ruim por ruim eu vou pra fábrica... Com isso acomodou os alunos, sendo um ponto negativo para educação. Já vi muitos alunos meus dizer que compraram histórico escolar, e não compram aqui em Santo Estevão e comentam até o valor...”
Nome: Carlos César Invenção dos Santos
Profissão: Professor / Diretor de Recursos Humanos
"Os reflexos visíveis que aconteceram na cidade devido a presença da fábrica são as mudanças nas relações estruturais (organização pública), sociais, comportamentais (dos hábitos da juventude que era ociosa e as normas do trabalho lhe impuseram outros ritmos de vida), e ate de identidade funcional: (alguém que não era ninguém passou a exibir uma farda e poder dizer: trabalho – posso abri um crediário...). A população passou a enxergar o surgimento de outra sociedade nascida dos mesmos sujeitos e somados a outros."
Nome: Edilson Machado
Profissão: Supervisor de Montagem da Empresa DASS
"Quando entrei na fábrica eu tinha 24 anos. A visão que eu tinha de fábrica era muito pouca na realidade nunca tinha entrado em uma fábrica. Todo emprego tem seus momentos de desanimo, dificuldade, stress e na fábrica não é diferente. Sim deixou a desejar alguns benefícios que são oferecidos no Sul, por exemplo. Mas eu entendo que a fábrica não veio para a cidade com o intuito de concorrer com os outros setores comerciais do município, mais importante é que diferente de outros empregos, nesses meus dez anos de fábrica nunca se atrasou salário de funcionário podendo o mesmo fazer e assumir compromisso. Além disso, a oportunidade que ela oferece economicamente para poder comprar mais, viajar mais, dinheiro para poder pagar uma faculdade que é meu caso, você pode ver que praticamente todo funcionário tem veiculo (carro, moto), muitos conseguiram sua casa através do salário dela então é um ponto positivo."
Com essa renda circulando, o comércio local sofreu um estímulo quantitativo na rede de estabelecimentos comerciais, atingindo uma margem de 370% em crescimento - (395 casas comerciais em 2001 para 1.475 em 2011), conforme dados fornecidos pelo Diretor de Tributos do Município Antônio Marcos de Souza Gomes. Este crescimento interno tem atraindo investidores de outros municípios com o surgimento de novas lojas (Real Calçados, Todo Dia, G Barbosa, Motopel, Guaibim, Cometa Calçados).
Com a chegada da fábrica, a forma de vida da população foi transformada, aumentando o crescimento urbano que era de 7.745 lotes registrados em 2001, para 11.000 em 2011, aumentando a construção civil, fortalecendo assim, o ramo de material de construção, gerando mais empregos diretos e indiretos e melhor distribuição de renda para a população.
O número de veículos na cidade aumentou consideravelmente, principalmente o de moto, chegando a vender cerca de 120 motos por mês pela Motopel, conforme dados fornecidos pelo funcionário da área de vendas Gildásio Gomes de Sena, sem falar o número de casas de peças para moto.
Essa economia influencia o próprio estilo de vida da população, como a forma de se vestir, de cuidar da estética corporal, freqüentar festas particulares, formas de lazer, viagens, visitações a espaços públicos, passeios e etc.
Um ponto que chama a atenção é a escassez de fornecedores de mão-de-obra na área de construção civil como: pedreiro, carpinteiro, marceneiro devido a fabrica, o jovem adolescente que tem o talento e dom da profissão que muitas vezes tem o pai ou irmão mais velho como exemplo, ao contrario, já cresce com o desejo de trabalhar na fábrica.
Entrevista:
Nome: Ildo Rodrigues Oliveira
Profissão: Professor
“...provavelmente eu não teria entrado na faculdade se a fábrica Dilly chegasse antes de 1998, por que ocupa a maior parte do tempo, quando você não está trabalhando, você está em casa descansando por se tratar de um trabalho repetitivo de mais, exige não só do físico mais do psicológico também. Antes da Dilly eu sentia um certo medo do desemprego, eu acredito que todo mundo, tanto que se pensavam em ir para outros lugares. Depois da fábrica, chegaram alunos para mim dizendo: oh professor é o seguinte, eu não vou estudar não, por que ruim por ruim eu vou pra fábrica... Com isso acomodou os alunos, sendo um ponto negativo para educação. Já vi muitos alunos meus dizer que compraram histórico escolar, e não compram aqui em Santo Estevão e comentam até o valor...”
Nome: Carlos César Invenção dos Santos
Profissão: Professor / Diretor de Recursos Humanos
"Os reflexos visíveis que aconteceram na cidade devido a presença da fábrica são as mudanças nas relações estruturais (organização pública), sociais, comportamentais (dos hábitos da juventude que era ociosa e as normas do trabalho lhe impuseram outros ritmos de vida), e ate de identidade funcional: (alguém que não era ninguém passou a exibir uma farda e poder dizer: trabalho – posso abri um crediário...). A população passou a enxergar o surgimento de outra sociedade nascida dos mesmos sujeitos e somados a outros."
Nome: Edilson Machado
Profissão: Supervisor de Montagem da Empresa DASS
"Quando entrei na fábrica eu tinha 24 anos. A visão que eu tinha de fábrica era muito pouca na realidade nunca tinha entrado em uma fábrica. Todo emprego tem seus momentos de desanimo, dificuldade, stress e na fábrica não é diferente. Sim deixou a desejar alguns benefícios que são oferecidos no Sul, por exemplo. Mas eu entendo que a fábrica não veio para a cidade com o intuito de concorrer com os outros setores comerciais do município, mais importante é que diferente de outros empregos, nesses meus dez anos de fábrica nunca se atrasou salário de funcionário podendo o mesmo fazer e assumir compromisso. Além disso, a oportunidade que ela oferece economicamente para poder comprar mais, viajar mais, dinheiro para poder pagar uma faculdade que é meu caso, você pode ver que praticamente todo funcionário tem veiculo (carro, moto), muitos conseguiram sua casa através do salário dela então é um ponto positivo."
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